ESPAÇO PARA IDEIAS, CONVERSAS E ENCONTROS DE INTERESSADOS PELO CONHECIMENTO HUNA




10 dezembro 2010

O COMEÇO


Para início de entendimento do que a Huna representa, é importante esclarecer que estamos falando de uma filosofia milenar, cuja origem remonta há mais de 15 mil anos na região hoje conhecida como Ilhas Polinésias, o que restou da submersão do antigo Continente de Mu (embora haja divergência quanto ao início exato dessa civilização).
  
Alguns pesquisadores ocidentais reuniram as partes prováveis desse antigo conhecimento e, cada um a sua maneira, conceituaram o conjunto denominado Huna. No entanto, esse processo começou a ser elaborado no início do século XX e atende à organização intelectual recente. Daí a suposta divisão entre mitologia, xamanismo e psicologia.
  
Antigamente, tudo era uma coisa só, a intelectualidade que foi se sofisticando, desenvolvendo e rotulando as searas do saber ao longo da História. 
  
Como fomos educados dentro dos parâmetros culturais da civilização greco-romana, muitas vezes, relutamos ou negamos os conceitos simples e profundos de outros povos, que são tratados como índios selvagens (como se a nossa sociedade atual não fosse selvagem: ela apenas sofisticou sua selvageria), bloqueando o entendimento de um estilo de vida diferente.
  
O pesquisador Max Freedom Long a partir de 1917 interessou-se por práticas havaianas que eram atribuídas a antigos rituais de curandeiros ou mágicos que, entre outros atributos, curavam pessoas, harmonizavam seres em desequilíbrio e caminhavam sobre a brasa. Manifestações que, para a maioria das pessoas, ora seriam desacreditadas, recheadas de truques ocultos, ora seriam tidas como milagres.
  
Ele conheceu William Tufs Brigham, Curador do Bishop Museum of Honolulu - Hawai, e contou-lhe sobre tais experiências. Brigham não somente confirmou todas as estórias como ainda acrescentou outras de sua vivência pessoal.
  
Brigham considerou Long continuador das pesquisas já consolidadas em 40 anos de estudos sobre os denominados kahunas (mestres havaianos guardiões do segredo) e lhe orientou a se aprofundar nos três seguintes fatores para desvelar o antigo estilo de vida polinésio com suas práticas para nós supreendentes:

1 - Deveria haver uma forma de consciência que os kahunas eram capazes de contatar através de cerimônias ou preces.

2 -  Essa consciência podia usar uma força que lhes permitia controlar o calor no andar sobre lavas ferventes ou fazer mudanças na matéria física para cura instantânea ou modificação do futuro.

3 -  Deveria haver alguma forma de substância visível ou invisível através da qual a força agia.
  
Após alguns anos, Max Freedom Long, na Califórnia, acordou com a idéia que o conduziu diretamente à chave para a descoberta das respostas sobre o mistério dos kahunas: supôs que deveriam haver nomes para designar os elementos citados por Brigham, a fim de transmitir oralmente a tradição desses conhecimentos para seus descendentes.
  
Iniciou uma minuciosa pesquisa da língua havaiana, formada por curtas raízes que vão se acrescentando umas às outras para formar palavras com vários sentidos. O alfabeto havaiano é muito simples, formado pelas vogais A, E, I, O, U e pelas consoantes H, K, L, M, N, P, W.
  
Lembrou-se que para os kahunas todo ser humano possui três eus ou aspectos de consicência (muito antes de Sigmund Freud). Estudou as palavras que designavam esses três aspectos: unihipili, uhane e aumakua.
  
Ao encerrar sua detalhada pesquisa, comprovou que os kahunas já conheciam há milênios os elementos principais que a psicologia somente “descobriu” a partir do final do século XIX. Além daquilo que se denomina consciente (uhane) e subconsciente (unihipili), constatou que eles conheciam o aspecto superconsciente (aumakua) do ser, o que no Ocidente é atribuído apenas a doutrinas religiosas ou a correntes de escolas psicológicas, muitas vezes divergentes entre si.
  
Assim, basicamente através da decodificação da língua havaiana, podemos dizer que Max Freedom Long “psicologizou” e abriu caminhos para tornar acessível ao homem contemporâneo a antiga filosofia hoje conhecida como Huna. (continua)

5 comentários:

  1. Obrigado Andréa Kowalski.Sua opinião é importante para mim.

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  2. Parabéns Nelson,gostei muito.Boa idéia essa de divulgar a Huna atravéz do Blog.Sucesso!!!

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  3. Silvia, legal que tenha gostado. Fique à vontade para comentar e indicar para aqueles que se interessariam.

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  4. Olá amigo!!!
    Adorei a idéia do blog da Huna! Meu Amigo.
    Que o ser humano reencontre a paz e liberte a fantasia
    em todas as suas cores, para que a vida volte a ser clara
    como um sol e simples como a alegria.

    FELIZ NATAL!
    E que o ANO NOVO DE 2011, seja marcado por um permanente
    renascer de sonhos e esperanças.
    São os meus votos sinceros. Mahalo.Vera Negrini.

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